domingo, 3 de julho de 2011

O Papel da Educação


A concepção de educação como meio de ascensão social, de erradicar a pobreza e minimizar a violência concede à escola um papel primordial que é valorizado no âmbito nacional e internacional. No entanto, dados do INEP/MEC dão amostras de que, no Brasil, a realidade não é condizente com o discurso oficial e com as afirmações advindas das famílias de todas as classes sociais com relação à importância da educação na formação do individuo: o ano de 1998 para 1999 teve uma taxa de 4,5% de evasão, o índice total de retenção nas escolas públicas e particulares foi de 21,3% e a retenção apresentou uma taxa altíssima de 40,1% na 1ª série; além dos milhões de jovens que são analfabetos e dos analfabetos funcionais cujo número se desconhece. Pode-se observar também uma função seletiva na escola que favorece o surgimento de uma hierarquia entre os indivíduos e que reflete a estrutura social, fato este que já era tido como evidente pela tradição sociológica funcionalista. Segundo Collins, a educação transmite algo diferenciado dos conhecimentos objetivos, desenvolvendo realidades diferentes das capacidades operatórias culturalmente neutras. Para ele a educação impõe uma cultura particular, ou seja, a cultura de que o grupo dispõe. Bowles e Gintis também valorizaram a dimensão cultural e ideológica da educação e da seleção escolar enquanto base e transmissor estrutural da reprodução social. É na escola, segundo eles, que os indivíduos aprendem a pontualidade, o respeito pela autoridade (extra familiar), a responsabilidade em relação ao cumprimento de tarefas, a questão da recompensa, sendo ela também responsável pela preparação de alguns alunos para exercerem responsabilidades no sistema de produção, e outros para obedecer e executar tarefas. Assim, para diferentes classes e grupos sociais, diferentes conhecimentos (no que se refere à quantidade e qualidade), habilidades diferentes (para o comando ou para a obediência), tornando legítima a cultura dominante e preparando de modo diferenciado para o trabalho de acordo com a classe social, com a raça e também com o gênero.
Vivemos uma época em que a consciência de que o mundo passa por transformações profundas é cada dia mais forte. Esta realidade provoca em muitas pessoas e grupos, sentimentos, sensações e desejos contraditórios, ao mesmo tempo de insegurança e medo, potenciadores de apatia e conformismo como também de novidade e esperança, mobilizadores das melhores energias e criatividade para a construção de um mundo diferente, mais humano e solidário.   
Globalização, multiculturalismo, pós-modernidade, questões de gênero e de raça, novas formas de comunicação, informatização, manifestações culturais dos adolescentes e jovens, expressões de diferentes classes sociais, movimentos culturais e religiosos, diversas formas de violência e exclusão social configuram novos e diferenciados cenários sociais, políticos e culturais. Estes fenômenos se interpenetram em processos contínuos de hibridização.
A escola não pode ignorar esta realidade. O impacto destes processos no cotidiano escolar é cada vez maior. A problemática atual das nossas escolas de primeiro e segundo graus, particularmente as das grandes cidades, onde se multiplicam uma série de tensões e conflitos, não pode ser reduzida aos aspectos relativos à estruturação interna da cultura escolar e esta necessita ser repensada para incorporar na sua própria estruturação estas questões e novas realidades sociais e culturais.
A reflexão sobre o papel da educação em uma sociedade cada vez mais de caráter multicultural, é recente e crescente no nível internacional e, de modo particular, na América Latina. No entanto, a gênese desta preocupação obedece a origens e motivações diferentes (sociais, políticas, ideológicas e culturais) em diversos contextos, como o europeu, o norte-americano e o latino-americano. De qualquer modo, é a própria concepção da escola, suas funções e relações com a sociedade, o conhecimento e a construção de identidades pessoais, sociais e culturais que está em questão.
Torna-se imprescindível hoje incorporar as questões relativas à desnaturalização da cultura escolar e da cultura da escola na reflexão pedagógica e na prática diária das nossas escolas.
Os professores manifestam perplexidade e insegurança diante da problemática atual do cotidiano escolar. A instituição escolar está construída sobre a afirmação da igualdade, enfatizando a base comum a todos os cidadãos e cidadãs. Como articular a igualdade com a diferença, a base comum com as expressões da pluralidade social e cultural, constitui um grande desafio. É a discussão sobre estas questões, articuladas com a reflexão sobre os processos de mudança cultural e social que estamos vivendo que permitirá ir reconstruindo o papel da escola, a cultura e a cultura da escola. 
Esta abordagem apresenta um amplo horizonte, especialmente desafiante e enriquecedor, para o desenvolvimento da pesquisa e do debate sobre as questões relativas ao papel da escola na nossa sociedade, às relações entre muiticulturalismo e educação, o cotidiano escolar e a formação de professores.
O fato é que as experiências de educação multicultural, utilizando diferentes abordagens e metodologias, se vêm multiplicando no contexto europeu e norte-americano, assim como uma ampla produção acadêmica vem se desenvolvendo, acompanhada da promoção de pesquisas na área. 
Na busca de caminhos nesta perspectiva, um dos desafios fundamentais pode ser sintetizado na seguinte afirmação de Boaventura Souza Santos (1995), que considerado de especial relevância e que explicita e sintetiza o horizonte no qual nos situamos:

"Temos de articular políticas de igualdade com políticas de identidade" "Temos o direito de ser igual sempre que as diferenças nos inferiorizam; temos o direito de ser diferente, sempre que a igualdade nos descaracteriza" (Jornal do Brasil, 10/9/95)     
Nesta articulação se condensa o desafio radical de promover uma educação intercultural crítica na nossa sociedade, em que estamos vivendo processos complexos de transformação, multidimensionais, profundos e contraditórios. Hoje, urge ampliar este enfoque e considerar a educação intercultural como um princípio orientador, teórica e praticamente, dos sistemas educacionais na sua globalidade.
Por fim, qualquer que seja o ângulo pelo qual observemos a educação, ela nos apresentará características fundamentais para o desenvolvimento do ser humano como um todo, reafirmando seu papel nas transformações pelas quais vêm passando as sociedades contemporâneas e assumindo um compromisso cada vez maior com a formação para a cidadania.
Torna-se imprescindível, portanto, que façamos sempre uma conexão entre educação e desenvolvimento, pensando sempre no desenvolvimento que educa e em uma educação que desenvolve, afim de termos uma sociedade mais democrática e justa. Pois uma educação que carrega em seu bojo a utopia de construir esta sociedade enquanto forma de vida e sistema social, tem como temas constitutivos o poder e o desenvolvimento integral do ser humano.

Continuação - Leitura e Escrita


Objetivo Geral
Elevar o nível de aprendizagem do alunado, nas diversas áreas do conhecimento priorizando a leitura, interpretação e a escrita como fonte de formação e informação. E  ainda possibilitar aos estudantes para serem um usuário competente da escrita e da leitura é, cada vez mais, capacitá-los para uma efetiva participação social.
Objetivo(s) Específico(s)
ü  Estimular de forma criativa, a formação do hábito de leitura e escrita, explorando a intertextualidade através de textos orais e escritos nas diversas disciplinas.
ü  Promover em sala de aula a prática de produção de textos, favorecendo o desenvolvimento do aluno no que se refere ao domínio ativo da linguagem oral e escrita.
ü  Promoção de ações que estimulem o interesse dos alunos pela utilização das bibliotecas escolares existentes, disseminando o potencial desse espaço nas escolas onde o processo de aquisição do acervo bibliográfico está em curso.
ü  Incentivar o gosto por vários tipos de leitura.
ü  Valorizar a cultura popular e suas diferentes manifestações existentes na comunidade e na própria escola (alunos, professores e gestores).
ü  Divulgar, na escola, obras dos grandes escritores da literatura brasileira tais como: Machado de Assis (Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas), Álvares de Azevedo (Lira dos Vinte Anos, Noite na Taverna), Monteiro Lobato (O saci, Pica Pau amarelo), Mário Quintana (poeta), Euclides Da Cunha (Os Sertões, À Margem da História)
ü  Desenvolver a competência comunicativa através de dramatizações de obras literárias.
ü  Potencializar o processo de leitura com relação a educação e multimídias.
Revisão de Literatura
Ensinar é dar condições ao estudante para que se aproprie do conhecimento historicamente construído e se insira nessa construção como produtor de conhecimentos. Ensinar é ensinar a ler para que se torne capaz dessa apropriação, pois o conhecimento acumulado está, em grande parte, escrito em livros, revistas, jornais, relatórios, arquivos. Ensinar é também ensinar a escrever, porque a produção de conhecimento se expressa, no mais das vezes, por escrito.
A análise das questões sobre a leitura e a escrita está fundamentalmente ligada à concepção que se tem sobre o que é a linguagem e o que é ensinar e aprender. E essas concepções passam, obrigatoriamente, pelos objetivos que se atribuem à escola e à escolarização.
Enfatizar as práticas discursivas de leitura e escrita como fenômenos sociais que ultrapassam os limites da escola. Partir do princípio de que o trabalho realizado por meio da leitura e da produção de textos é muito mais que decodificação de signos lingüísticos, ao contrário, é um processo de construção de significado e atribuição de sentidos. A leitura e a escrita são atividades dialógicas que ocorrem no meio social através do processo histórico da humanização.
O professor é aquele que apresenta as diferentes possibilidades de leitura: tudo e mais um pouco! Livros, poemas, notícias, receitas, paisagens, imagens, partituras, sons, gestos, corpos em movimento, mapas, gráficos, símbolos, o mundo enfim. Ele poderá contribuir no desenvolvimento da capacidade de interpretar e estabelecer significados dos diferentes textos, criando e promovendo variadas experiências, situações novas, que levem a uma utilização diversificada do ler/escrever. Isso tornará possível a formação de uma geração de leitores capazes de dominar as múltiplas formas de linguagem e de reconhecer os variados e inovadores recursos tecnológicos, disponíveis para a comunicação humana no dia a dia.
Soares, 1995:73 - A função primordial da escola seria, para grande parte dos educadores, propiciarem aos alunos caminhos para que eles aprendam, de forma consciente e consistente, os mecanismos de apropriação de conhecimentos. Assim como a de possibilitar que os alunos atuem, criticamente em seu espaço social.
A noção textual usualmente presente na escola empobrece o trabalho com a leitura/escrita, pelo fato de tratar de maneira idêntica qualquer texto, desconsiderando suas especificidades e intenções.
Para que haja mudança no quadro é necessário que o professor passe a olhar a produção escrita do aluno não atrás de erros, atentando apenas para a linearidade do texto, mas buscando ver o significado e as formas de construção desse significado.
Cagliari,1989: 48 - Os que se baseiam em uma visão tradicional da leitura e da escrita continuam a ver o aprendizado dessas práticas como o acesso às primeiras letras, que seria acrescido linearmente do reconhecimento das sílabas, palavras e frases, que , em conjunto, formariam os textos, e, após o conhecimento dessas unidades, o aluno estaria apto a ler e a escrever.
É função do professor fornecer ao aluno condições adequadas de elaboração, permitindo-lhe empenhar-se na realização consciente de um trabalho lingüístico que realmente tenha sentido para si, e isso só é conseguido à medida que a proposição de produção textual seja bem clara e definida, apresentando-se as “coordenadas” do contexto de produção. É necessário que o aprendiz possa sentir que realmente está produzindo para um leitor (que não deve ser apenas o professor), eliminando a exclusividade das situações artificiais de produção textual tão presentes no cotidiano da escola.
Piaget na pesquisa que realizou quanto à linguagem classificou-a em dois grupos: o egocêntrico e o socializado. Na fala egocêntrica a criança fala para si, como se estivesse pensando alto. Não se preocupa em saber se alguém ouve, geralmente fala do que está vendo ou acontecendo com ela num determinado momento. Na fala socializada a criança tenta realizar uma espécie de comunicação com os outros: faz perguntas, pedidos, ameaças, transmitem informações. Aos sete ou oito anos, manifesta-se na criança o desejo de trabalhar com outros, a fala egocêntrica desaparece. E mais do que isso, para Piaget até mesmo a fala social é representada como subseqüente e não anterior à fala egocêntrica. Partindo assim do “pensamento autista não verbal” à “fala socializada”.
Eglê Franchi nos dá caminhos para percebermos as variações da língua sem desrespeitá-las. Através de exercícios de produção de textos. Fazendo com que os alunos percebam que há diferentes dialetos, que não podem ser considerados errados, mas que, para determinadas ocasiões, devemos usar a norma culta, e por isso, a necessidade em aprendê-la. Da mesma maneira a linguagem escrita não deve ser imposta, como faz a escola, mas sim, com a conscientização de que quanto melhor for nossa linguagem, seja ela oral ou escrita, melhor será seu desempenho na sociedade. Com uma linguagem aprimorada podemos expressar nossos sentimentos de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições de assimilar conceitos, de refletir, de escolher e de julgar. Garantia do desenvolvimento escolar e do sucesso na vida.
Segundo Magda Soares:
“Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas,  lingüísticas e psicolingüísticas de leitura e escrita,  a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita se dá simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização,  e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização.”
Do mesmo modo que a leitura, a escrita também tornam-se uma obrigação na vida das pessoas, e mais do que a leitura, é traumatizante. Há uma diferença muito grande entre falar e escrever. Geralmente não apresentamos problemas o falarmos a não ser na expressão formal. Os problemas começam a surgir quando temos que produzir textos. Sempre fomos ensinados que escrever bem é escrever certo, é obedecer regras e normas da escrita, e jamais cometer erros ortográficos. Isso tudo, poda nossas idéias e a nossa criatividade. Por isso, a todos os momentos escutamos as pessoas falando que não sabem escrever, que não conseguem pôr suas idéias no papel. Já falou Fernando Sabino:
“O principal é se exprimir bem, e que a linguagem seja eficaz, e eficiente para transmitir uma determinada idéia”
Paulo Freire pensava a escola como um espaço democrático, construído em conjunto com pais e a comunidade e associado à realidade do local.
 “Quanto mais abrir a escola, desafiar os estudantes... Tudo o que a gente fizer os que vivem a escola a participarem, a tomar o destino do espaço ainda é pouco do tanto que a gente precisa para cuidar do País.”
É importante que o professor saiba que existem muitas variações dialetais, e principalmente, deve conhecer muito a respeito de linguagem e estar ciente de como se dá o processo de aquisição lingüística. Necessário para que as crianças deixem de ser unicamente “falante” de uma língua para tornarem-se leitores e escritores. Pois sabemos que a aprendizagem da leitura e da escrita faz desenvolver formas particulares de interagir, de se expressar e assumir crítica e criativamente função de sujeito de sua linguagem, seja falando ou escrevendo, lendo ou interpretando.
Considero que muitas das dificuldades de aprendizagem que preocupam os professores, surgem quando os adultos não compreendem ou não dão valor às construções da criança. Se o conhecimento da criança não é valorizado, elas não vão valorizar-se a si mesmas como leitoras, escritoras e como sujeitos que aprendem e isto interferirá em sua própria aprendizagem.
Precisamos oferecer às crianças múltiplos caminhos e estratégias para que possam apropriar-se da leitura e da escrita, aproveitando todos os conhecimentos que possuem e todas as perguntas que possam ocorrer. Elas aprendem a ler e escrever na medida em que são capazes de integrar diversas estratégias, utilizando todas as informações oferecidas. Integrando a língua escrita e oral ao longo de toda jornada escolar em todas as atividades possíveis, a criança por si mesma a integrará de forma natural em sua vida.
Metodologia
ü  Ler e escrever se aprende lendo e escrevendo, vendo como as outras pessoas lêem e escreve e é claro, errando. Os erros, no começo da aprendizagem da escrita devem ser tratados como naturais no processo de exploração que a criança realiza com a linguagem, do mesmo modo que entendemos os erros quando a criança começa a falar.
ü  Trabalhar conteúdos na área de leitura e escrita, buscando desenvolvimento de um trabalho alternativo.
ü  Criar espaço de interlocução em que se reflita sobre o processo de aquisição e desenvolvimento da leitura e escrita.
ü  Desenvolver a reflexão em torno da problemática do ensino da leitura e escrita em suas especificidades, discutindo as alternativas existentes e as possibilidades de integrar teoria e prática.
ü  Desenvolver hábitos de colaboração e trabalho em equipe, desenvolver práticas investigativas, utilizar novas metodologias, estratégias e matérias de apoio.
É fundamental que o professor tenha um real interesse em conhecer não só as novas metodologias, como também as teorias que as fundamentam. A sociolingüística tem dado contribuições relevantes para o ensino de língua portuguesa nas escolas, entre outras, pela ampla discussão da questão dos níveis de letramento nas comunidades urbanas em vias de desenvolvimento. A análise textual contribui com a metodologia da leitura e da produção escrita ao trabalhar a tessitura do texto, salientando os elementos coesivos como suporte da estrutura global de coerência, e ao analisar os processos sócio-comunicativos que entram na construção da leitura. E ainda, a análise do discurso contribui para a compreensão dos processos de significação, explicitando as condições de produção da leitura, compreensão que supõe uma relação com a cultura, com a história, com o social e com a linguagem, que é atravessada pela reflexão e pela crítica. O trabalho de pesquisa deve, sempre que possível, ser desenvolvido em equipe. É importante ensinar o aluno a trabalhar de forma coesa e participativa.
Recursos humanos e materiais
ü  Dicionário tradicional.
ü  Quadro e piloto
ü  Micro system
ü  DVD
ü  Livros literários
ü  Aulas de reforço
ü  Biblioteca
ü  Módulo com conteúdo
ü  Comunidade
ü  Gestores
Cronograma
Mês
Atividades para desenvolver



Novembro

1 – Apresentação da disciplina
2 – Leitura e interpretação
3 – Atividades extraclasses
4 – Projeto – Hábito de leitura
5 – Produções de texto
6 – Oficinas de escritas
7 – Realizações de testes e provas

Resultados esperados
ü  Conscientização dos processos de leituras em todos os âmbitos escolares.
ü  Conscientização dos processos de leituras em toda a comunidade.
ü  Interagir com os alunos da escola, participar das leituras, reflexões e planejamentos das atividades docentes e propiciar contato com a rotina escolar prevista na graduação.
ü  Diminuição da evasão e repetência escolar
ü  Melhorar o domínio da leitura e da escrita.
ü  Fazer com que reconheçam que a leitura, a escrita são necessárias para todo o seu desenvolvimento.
ü  Implementar cada vez mais o hábito de utilização da biblioteca como centro de recursos.
ü  Fazer com que as novas tecnologias sejam utilizadas com eficácia.
ü  Aumento da concentração e atenção a cada encontro com a leitura. A proposta incidiu na leitura por prazer pelo fato de ser apresentada desvinculada de outras atividades escolares (como desenhos, colagens e outros);

Leitura e Escrita


Problema
Percebe-se que a leitura e escrita é um problema desde muito tempo, segundo a qual problemas de leitura e escrita se devem a dificuldades com o processamento de padrões visuais (Capovilla & Capovilla, 2000). Após pesquisas realizadas em sites relacionados ao tema verifica-se que a dificuldade com a leitura e escrita vem desde a década de 70, demonstrando que dificuldades fonológicas (i.e., com a percepção e o processamento automático da fala) e metafonológicas (i.e., com a segmentação e manipulação intencionais de segmentos da fala) são capazes de predizer dificuldades ulteriores na aprendizagem de leitura e escrita, e que procedimentos de intervenção voltados ao desenvolvimento de habilidades metafonológicas (especialmente procedimentos para desenvolver a consciência fonológica) são capazes de produzir ganhos significativos em leitura e escrita. Após a realização de pesquisa de campo com crianças da 5ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual D’ Mora Guimarães  da cidade de Salvador-Ba, percebeu-se que, os alunos não tem acesso ao material de leitura (literatura, livros para pesquisas, entre outros) e escrita (professores não tem interesse em passar exercícios onde os alunos tem maior déficit), tendo ainda problema maios em relação aos pais que não acompanham mais o desenvolvimento dos filhos durante todo o período de educação.
Público-alvo
Alunos do ensino fundamental
Justificava
Projeto desenvolvido de uma pesquisa de campo realizada na Escola Estadual D’ Mora Guimarães da cidade de Salvador-Ba com alunos do ensino fundamental (5ª série) com a intenção de descobrir o déficit na leitura e escrita, tendo assim a busca para o desenvolvimento eficaz na educação baseando-se sempre que a leitura reflete-se de forma significativa na escrita da criança (e do adulto também), na medida em que, ao ler, memorizamos as correspondências ortografia-som sem memorizar regras, e apreendemos também as exceções das mesmas, além de ampliarmos o vocabulário e o conhecimento das estruturas de diferentes textos, o que aumenta o repertório e reflete-se em uma escrita melhor.
O Governo Federal do Brasil realiza vários projetos a fim de alfabetizar os cidadãos, buscando assim que eles desenvolvam sua capacidade na leitura e escrita, um desses projetos mais conhecidos é a bolsa escola no qual é um programa educacional brasileiro cujo objetivo é pagar uma bolsa às famílias de jovens e crianças de baixa renda para freqüentarem a escola regularmente, existindo algumas regras para as famílias receberem o beneficio, ou seja, estar matriculado e freqüentando a escola comprovado a cada três meses com um programa de controle paralelo de freqüência. Outro projeto é Provinha Brasil com objetivo de avaliar o nível de alfabetização dos alunos do segundo ano do ensino básico, normalmente na faixa dos 6 aos 8 anos de idade.  A idéia dos idealizadores da Provinha Brasil é que, com o aperfeiçoamento da leitura e escrita, os alunos chegarão ao quarto ano, aptos para ler e escrever corretamente. Ajudando os professores a entender melhor o estágio de alfabetização de cada um dos seus alunos. Compreendendo isso, eles poderão refletir sobre seu trabalho e melhorá-lo para garantir a educação de todos seus alunos.
Os alunos demonstram que não tem interesse em aprender, pois freqüentar a escola por motivo de obrigação por causa de seus pais e outros por criarem afinidades com alunos (amigos) que também não tem interesse, assim, fazendo com que a escola seja só lugar de encontros entre galeras. Percebe-se também que os professores não procuram interagir e saber a causa desses alunos não terem interesse em freqüentar as salas de aulas.
Percebe-se que a escola não incentiva os alunos com leitura, promovendo algum tipo de oficina, a fim de buscar a melhor compreensão dos alunos nessa oficina, ou seja, todos são obrigados a desenvolver algum tipo de trabalho para ser apresentado na oficina, podendo retribuir esses alunos com algum brinde para os três melhores, ou seja, estaria incentivando os alunos participarem dando a eles interesse de ganhar algo, os alunos são fazer algo quando recebe algo em troca.
Ensinar a ler e a escrever são tarefas da escola, desafio indispensável para todas as áreas/disciplinas escolares, uma vez que ler e escrever são os meios básicos para o desenvolvimento da capacidade de aprender e constituem competências para a formação do estudante, responsabilidade maior da escola.
Pode dizer que muitos desses alunos têm interesse maior em internet, no qual a influência em como se escrever corretamente desaparece devido a escreverem palavras abreviadas, pois não há necessidade de uma ortografia correta. Também se afasta dos livros, quando se passa algum livro e diz que quer o resumo dele, ele fez, mas tenha certeza que ele não conhece o livro pelo simples fato de achá-lo resumido na internet.
Muitos dos alunos que fazem o ensino fundamental não foram para as salas de aulas com idades de 0 à 3 anos, devido as dificuldades financeiras da família, causando esse déficit na leitura e escrita, muitos conhecem as primeiras letras e palavras quando estão em séries avançadas, não conseguem ler um texto grande e não saber interpretar, a escrita também não é perfeita muitos deles conseguem ler, mas não conseguem transcrever para o papel e nem as soletrar. 
Alguns dos alunos têm interesse em ler e até mesmo sonham em escrever livros, mas a situação financeira não permite que eles possam se realizar, o acesso aos livros de literatura entre outros são caros e muitos de seus pais não tem condições de tirar no mês um valor por mais que seja irrisória para comprar um livro para seus filhos, a escola não tem biblioteca dificultando mais ainda o progresso daqueles que tem interesse. 
A escola vem se constituindo como espaço privilegiado para a aprendizagem e o desenvolvimento da leitura e da escrita, já que é nela que se dá o encontro decisivo da criança com o ler e o escrever. Para muitas crianças de nosso país, a escola é o único lugar onde há livros, ou a sala de aula o lugar onde os alunos não estão voltados apenas para a televisão. Assim, cabe a ela a tarefa de levar o aluno a ler e escrever, a atrever-se a persistir nesta aprendizagem entre ensaio e erro, a construir suas próprias hipóteses a respeito do sentido do ele lê e do que escreve, a assumir pontos de vista próprios para escrever a respeito do que vê, inclusive na TV, do que sente, do que viveu, do que leu nos diversos suportes que existem, do que ouviu em aula e do que vê no mundo, promovendo em seus textos um diálogo entre vida e escola, mediado pelo professor, um leitor mais experiente.
Deve-se compreender que, quanto mais à criança associar a leitura e a escrita com atividades úteis e que lhe dêem prazer, maior será o seu desejo de aproximar-se delas, maior facilidade ela terá de aprendizado (afinal, aprende-se a ler e escrever lendo e escrevendo) e maiores chances ela terá de levar a leitura e a escrita como aliadas para  toda a vida.
Ler e escrever, portanto, implicam redimensionar as práticas e os espaços escolares. Isto leva a uma reflexão sobre a relação pessoal com o desenvolvimento da leitura e da escrita na sala de aula e, no limite, propõe o desencadeamento de novos modos de ser e fazer o ler e o escrever na escola: a formação de cidadãos e cidadãs para um mundo em permanente mudança nas suas escritas, e cada vez mais exigente quanto à qualidade da leitura.