Objetivo Geral
Elevar o nível de aprendizagem do alunado, nas diversas áreas do conhecimento priorizando a leitura, interpretação e a escrita como fonte de formação e informação. E ainda possibilitar aos estudantes para serem um usuário competente da escrita e da leitura é, cada vez mais, capacitá-los para uma efetiva participação social.
Objetivo(s) Específico(s)
ü Estimular de forma criativa, a formação do hábito de leitura e escrita, explorando a intertextualidade através de textos orais e escritos nas diversas disciplinas.
ü Promover em sala de aula a prática de produção de textos, favorecendo o desenvolvimento do aluno no que se refere ao domínio ativo da linguagem oral e escrita.
ü Promoção de ações que estimulem o interesse dos alunos pela utilização das bibliotecas escolares existentes, disseminando o potencial desse espaço nas escolas onde o processo de aquisição do acervo bibliográfico está em curso.
ü Incentivar o gosto por vários tipos de leitura.
ü Valorizar a cultura popular e suas diferentes manifestações existentes na comunidade e na própria escola (alunos, professores e gestores).
ü Divulgar, na escola, obras dos grandes escritores da literatura brasileira tais como: Machado de Assis (Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas), Álvares de Azevedo (Lira dos Vinte Anos, Noite na Taverna), Monteiro Lobato (O saci, Pica Pau amarelo), Mário Quintana (poeta), Euclides Da Cunha (Os Sertões, À Margem da História)
ü Desenvolver a competência comunicativa através de dramatizações de obras literárias.
ü Potencializar o processo de leitura com relação a educação e multimídias.
Revisão de Literatura
Ensinar é dar condições ao estudante para que se aproprie do conhecimento historicamente construído e se insira nessa construção como produtor de conhecimentos. Ensinar é ensinar a ler para que se torne capaz dessa apropriação, pois o conhecimento acumulado está, em grande parte, escrito em livros, revistas, jornais, relatórios, arquivos. Ensinar é também ensinar a escrever, porque a produção de conhecimento se expressa, no mais das vezes, por escrito.
A análise das questões sobre a leitura e a escrita está fundamentalmente ligada à concepção que se tem sobre o que é a linguagem e o que é ensinar e aprender. E essas concepções passam, obrigatoriamente, pelos objetivos que se atribuem à escola e à escolarização.
Enfatizar as práticas discursivas de leitura e escrita como fenômenos sociais que ultrapassam os limites da escola. Partir do princípio de que o trabalho realizado por meio da leitura e da produção de textos é muito mais que decodificação de signos lingüísticos, ao contrário, é um processo de construção de significado e atribuição de sentidos. A leitura e a escrita são atividades dialógicas que ocorrem no meio social através do processo histórico da humanização.
O professor é aquele que apresenta as diferentes possibilidades de leitura: tudo e mais um pouco! Livros, poemas, notícias, receitas, paisagens, imagens, partituras, sons, gestos, corpos em movimento, mapas, gráficos, símbolos, o mundo enfim. Ele poderá contribuir no desenvolvimento da capacidade de interpretar e estabelecer significados dos diferentes textos, criando e promovendo variadas experiências, situações novas, que levem a uma utilização diversificada do ler/escrever. Isso tornará possível a formação de uma geração de leitores capazes de dominar as múltiplas formas de linguagem e de reconhecer os variados e inovadores recursos tecnológicos, disponíveis para a comunicação humana no dia a dia.
Soares, 1995:73 - A função primordial da escola seria, para grande parte dos educadores, propiciarem aos alunos caminhos para que eles aprendam, de forma consciente e consistente, os mecanismos de apropriação de conhecimentos. Assim como a de possibilitar que os alunos atuem, criticamente em seu espaço social.
A noção textual usualmente presente na escola empobrece o trabalho com a leitura/escrita, pelo fato de tratar de maneira idêntica qualquer texto, desconsiderando suas especificidades e intenções.
Para que haja mudança no quadro é necessário que o professor passe a olhar a produção escrita do aluno não atrás de erros, atentando apenas para a linearidade do texto, mas buscando ver o significado e as formas de construção desse significado.
Cagliari,1989: 48 - Os que se baseiam em uma visão tradicional da leitura e da escrita continuam a ver o aprendizado dessas práticas como o acesso às primeiras letras, que seria acrescido linearmente do reconhecimento das sílabas, palavras e frases, que , em conjunto, formariam os textos, e, após o conhecimento dessas unidades, o aluno estaria apto a ler e a escrever.
É função do professor fornecer ao aluno condições adequadas de elaboração, permitindo-lhe empenhar-se na realização consciente de um trabalho lingüístico que realmente tenha sentido para si, e isso só é conseguido à medida que a proposição de produção textual seja bem clara e definida, apresentando-se as “coordenadas” do contexto de produção. É necessário que o aprendiz possa sentir que realmente está produzindo para um leitor (que não deve ser apenas o professor), eliminando a exclusividade das situações artificiais de produção textual tão presentes no cotidiano da escola.
Piaget na pesquisa que realizou quanto à linguagem classificou-a em dois grupos: o egocêntrico e o socializado. Na fala egocêntrica a criança fala para si, como se estivesse pensando alto. Não se preocupa em saber se alguém ouve, geralmente fala do que está vendo ou acontecendo com ela num determinado momento. Na fala socializada a criança tenta realizar uma espécie de comunicação com os outros: faz perguntas, pedidos, ameaças, transmitem informações. Aos sete ou oito anos, manifesta-se na criança o desejo de trabalhar com outros, a fala egocêntrica desaparece. E mais do que isso, para Piaget até mesmo a fala social é representada como subseqüente e não anterior à fala egocêntrica. Partindo assim do “pensamento autista não verbal” à “fala socializada”.
Eglê Franchi nos dá caminhos para percebermos as variações da língua sem desrespeitá-las. Através de exercícios de produção de textos. Fazendo com que os alunos percebam que há diferentes dialetos, que não podem ser considerados errados, mas que, para determinadas ocasiões, devemos usar a norma culta, e por isso, a necessidade em aprendê-la. Da mesma maneira a linguagem escrita não deve ser imposta, como faz a escola, mas sim, com a conscientização de que quanto melhor for nossa linguagem, seja ela oral ou escrita, melhor será seu desempenho na sociedade. Com uma linguagem aprimorada podemos expressar nossos sentimentos de maneira clara, fiel e precisa, estamos em melhores condições de assimilar conceitos, de refletir, de escolher e de julgar. Garantia do desenvolvimento escolar e do sucesso na vida.
Segundo Magda Soares:
“Dissociar alfabetização e letramento é um equívoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, lingüísticas e psicolingüísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita se dá simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita – o letramento. Não são processos independentes, mas interdependentes, e indissociáveis: a alfabetização se desenvolve no contexto de e por meio de práticas sociais de leitura e de escrita, isto é, através de atividades de letramento, e este, por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e por meio da aprendizagem das relações fonema-grafema, isto é, em dependência da alfabetização.”
Do mesmo modo que a leitura, a escrita também tornam-se uma obrigação na vida das pessoas, e mais do que a leitura, é traumatizante. Há uma diferença muito grande entre falar e escrever. Geralmente não apresentamos problemas o falarmos a não ser na expressão formal. Os problemas começam a surgir quando temos que produzir textos. Sempre fomos ensinados que escrever bem é escrever certo, é obedecer regras e normas da escrita, e jamais cometer erros ortográficos. Isso tudo, poda nossas idéias e a nossa criatividade. Por isso, a todos os momentos escutamos as pessoas falando que não sabem escrever, que não conseguem pôr suas idéias no papel. Já falou Fernando Sabino:
“O principal é se exprimir bem, e que a linguagem seja eficaz, e eficiente para transmitir uma determinada idéia”
Paulo Freire pensava a escola como um espaço democrático, construído em conjunto com pais e a comunidade e associado à realidade do local.
“Quanto mais abrir a escola, desafiar os estudantes... Tudo o que a gente fizer os que vivem a escola a participarem, a tomar o destino do espaço ainda é pouco do tanto que a gente precisa para cuidar do País.”
É importante que o professor saiba que existem muitas variações dialetais, e principalmente, deve conhecer muito a respeito de linguagem e estar ciente de como se dá o processo de aquisição lingüística. Necessário para que as crianças deixem de ser unicamente “falante” de uma língua para tornarem-se leitores e escritores. Pois sabemos que a aprendizagem da leitura e da escrita faz desenvolver formas particulares de interagir, de se expressar e assumir crítica e criativamente função de sujeito de sua linguagem, seja falando ou escrevendo, lendo ou interpretando.
Considero que muitas das dificuldades de aprendizagem que preocupam os professores, surgem quando os adultos não compreendem ou não dão valor às construções da criança. Se o conhecimento da criança não é valorizado, elas não vão valorizar-se a si mesmas como leitoras, escritoras e como sujeitos que aprendem e isto interferirá em sua própria aprendizagem.
Precisamos oferecer às crianças múltiplos caminhos e estratégias para que possam apropriar-se da leitura e da escrita, aproveitando todos os conhecimentos que possuem e todas as perguntas que possam ocorrer. Elas aprendem a ler e escrever na medida em que são capazes de integrar diversas estratégias, utilizando todas as informações oferecidas. Integrando a língua escrita e oral ao longo de toda jornada escolar em todas as atividades possíveis, a criança por si mesma a integrará de forma natural em sua vida.
Metodologia
ü Ler e escrever se aprende lendo e escrevendo, vendo como as outras pessoas lêem e escreve e é claro, errando. Os erros, no começo da aprendizagem da escrita devem ser tratados como naturais no processo de exploração que a criança realiza com a linguagem, do mesmo modo que entendemos os erros quando a criança começa a falar.
ü Trabalhar conteúdos na área de leitura e escrita, buscando desenvolvimento de um trabalho alternativo.
ü Criar espaço de interlocução em que se reflita sobre o processo de aquisição e desenvolvimento da leitura e escrita.
ü Desenvolver a reflexão em torno da problemática do ensino da leitura e escrita em suas especificidades, discutindo as alternativas existentes e as possibilidades de integrar teoria e prática.
ü Desenvolver hábitos de colaboração e trabalho em equipe, desenvolver práticas investigativas, utilizar novas metodologias, estratégias e matérias de apoio.
É fundamental que o professor tenha um real interesse em conhecer não só as novas metodologias, como também as teorias que as fundamentam. A sociolingüística tem dado contribuições relevantes para o ensino de língua portuguesa nas escolas, entre outras, pela ampla discussão da questão dos níveis de letramento nas comunidades urbanas em vias de desenvolvimento. A análise textual contribui com a metodologia da leitura e da produção escrita ao trabalhar a tessitura do texto, salientando os elementos coesivos como suporte da estrutura global de coerência, e ao analisar os processos sócio-comunicativos que entram na construção da leitura. E ainda, a análise do discurso contribui para a compreensão dos processos de significação, explicitando as condições de produção da leitura, compreensão que supõe uma relação com a cultura, com a história, com o social e com a linguagem, que é atravessada pela reflexão e pela crítica. O trabalho de pesquisa deve, sempre que possível, ser desenvolvido em equipe. É importante ensinar o aluno a trabalhar de forma coesa e participativa.
Recursos humanos e materiais
ü Dicionário tradicional.
ü Quadro e piloto
ü Micro system
ü DVD
ü Livros literários
ü Aulas de reforço
ü Biblioteca
ü Módulo com conteúdo
ü Comunidade
ü Gestores
Cronograma
Mês | Atividades para desenvolver |
Novembro | 1 – Apresentação da disciplina 2 – Leitura e interpretação 3 – Atividades extraclasses 4 – Projeto – Hábito de leitura 5 – Produções de texto 6 – Oficinas de escritas 7 – Realizações de testes e provas |
Resultados esperados
ü Conscientização dos processos de leituras em todos os âmbitos escolares.
ü Conscientização dos processos de leituras em toda a comunidade.
ü Interagir com os alunos da escola, participar das leituras, reflexões e planejamentos das atividades docentes e propiciar contato com a rotina escolar prevista na graduação.
ü Diminuição da evasão e repetência escolar
ü Melhorar o domínio da leitura e da escrita.
ü Fazer com que reconheçam que a leitura, a escrita são necessárias para todo o seu desenvolvimento.
ü Implementar cada vez mais o hábito de utilização da biblioteca como centro de recursos.
ü Fazer com que as novas tecnologias sejam utilizadas com eficácia.
ü Aumento da concentração e atenção a cada encontro com a leitura. A proposta incidiu na leitura por prazer pelo fato de ser apresentada desvinculada de outras atividades escolares (como desenhos, colagens e outros);
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